Previsões do Setor Imobiliário para 2022

Diante dos desafios impostos pela pandemia de covid-19 desde 2020, o mercado imobiliário precisou se reinventar. O uso da tecnologia no setor contribuiu para as empresas superarem obstáculos e desenvolverem novas perspectivas, que tendem a permanecer nos próximos anos.

As taxas de juros mais baixas representaram mais um fator que contribuiu para o aquecimento do segmento imobiliário. Com essa condição, as famílias puderam recorrer a financiamentos para adquirir imóveis sem comprometer mais o orçamento.

Nesse cenário, o país registrou, no primeiro semestre de 2021, um aumento de 46,1% no número de apartamentos novos vendidos, comparado com o mesmo período do ano passado. O resultado foi o melhor em um intervalo de quatro anos.

Esse levantamento foi divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com base em informações coletadas em 20 capitais e 162 cidades brasileiras. O balanço ainda mostrou que os maiores índices de crescimento foram computados nas regiões Nordeste e Sudeste, com 60,9% e 49,2% respectivamente.

Mercado imobiliário 2022: quais são as previsões para o setor?

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar, mais uma vez, no final de outubro, a taxa básica de juros (Selic) para 7,75%. Além do mais, no comunicado, o BC adiantou que na próxima reunião, em dezembro, haverá novo aumento da mesma magnitude da taxa básica de juros da economia brasileira.

Considerar o aumento da Selic é muito importante para o mercado imobiliário, dado que, quando essa taxa sobe, a tendência é de que os juros cobrados pelos bancos para financiamentos imobiliários também aumentem – e isso já vem sendo praticado por algumas instituições financeiras desde julho de 2021.

De acordo com especialistas do ramo imobiliário, a partir de 2022, a oferta de crédito pode ficar mais limitada. Por outro lado, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) avalia que o aumento da Selic foi necessário para o controle inflacionário, o que pode estabilizar juros de longo prazo e contribuir para o crescimento do setor imobiliário.

via: Vista Soft