IPCA volta a ter deflação e registra queda de 0,36% em agosto
Publicado em 16 de Setembro de 2022 às 10:31 AM

O resultado permanece influenciado pelo corte no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicação. Também houve impacto em agosto da redução de preços de combustíveis nas refinarias anunciada pela Petrobras.
“Talvez em setembro tenha nova queda, até porque a Petrobras pode cortar mais os preços da gasolina. Se houver, o IPCA pode cair. Se não, pode ficar perto de zero. Por ora, estaríamos em alta de 0,08%”, previu a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese.
A Greenbay Investimentos espera uma queda de 0,20% no IPCA de setembro, puxada novamente por reduções de preços de combustíveis. Já a LCA Consultores estima uma alta de 0,28%.
Os efeitos da redução de ICMS sobre a inflação podem ser sentidos até outubro, apontou a economista Tatiana Nogueira, da XP Investimentos, que prevê, por ora, uma deflação de 0,14% no IPCA de setembro.
“Em energia elétrica, as concessionárias devem sofrer uma pressão maior para a retirada da tarifa de distribuição da base de cobrança do imposto. Já em telecomunicações, as operadoras haviam alegado problemas operacionais para diminuir os preços de imediato e devem fazer o repasse retroativo nos próximos meses”, afirmou Nogueira.